quarta-feira, 27 de maio de 2015

Passeio - Casa Mathilde (Doçaria Portuguesa) e Estação Júlio Prestes





Desde pequena que frequento o centro velho de São Paulo. Muitas foram as tardes que, eu com a minha mãe, caminhavamos pelas ruas, com destino certo para o famoso e saudoso Mappin. 

Eu quase tinha um ataque quando o elevador, de porta pantográfica, parava no andar dos brinquedos. Lembro da ascensorista falando, de forma decorada, o que cada andar vendia e do silêncio das pessoas. Realmente era um evento fazer compras no Mappin.

Mas, o Mappin não existe mais e o charme está mesmo um pouco extinto no centro velho de São Paulo. Para sentir este charme, é preciso olhar atentamente para as ruas, construções e usar um pouco a imaginação, para construir magia suficiente e perceber o requinte que em um tempo passado, foi fato naquelas ruas. 

Fui conhecer a doçaria portuguesa Casa Mathilde, localizada no outrora charmoso Largo Antônio Prado, bem pertinho do Edifício Martinelli e do Mosteiro de São Bento. 

A casa Mathilde é bem antiga, começou em Portugal no ano de 1.850 como Fábrica das Queijadas Mathilde, na Vila de Sintra, em Portugal. Parece-me que estão no Brasil há dois anos.  



Além dos famosos e deliciosos doces, há pães diversos, como o Pão Alentejano, a Broa de Milho, Pão Caseiro, Integral e outros. 





Os doces roubam toda a atenção, é claro! 



Penso que erraram a etiqueta. Acho que são Bolas de Berlim, aqui conhecidas como Sonho de Padaria. 



Acabaram de preencher o interior dos Pasteis de Natas (ou de Belém) com o delicioso creme, prontos para irem ao forno. Certamente, o doce mais solicitado. 



As Empadas são lindas, mas não provei. Eu adoro empadas, mas como almoçamos tarde neste dia, meu paladar não queria saber de sabores salgados. 



Espaço para sentarmos no andar térreo. Ainda há mesas no andar de cima. A casa é bem agradável.



Eu pedi uma Bola de Berlim com Creme e um Pastel de Natas. Também um café curto. 

A Bola de Berlim não me agradou, mas também não desagradou. O café estava excelente, sempre sem açúcar como eu gosto. 



O Pastel de Natas estava maravilhoso. Ainda morno, com a massa folhada bem crocante, saborosa e o creme espetacular. O que me chamou a atenção no creme foi, além do ótimo sabor, a textura cremosa e a cor. Muito linda a cor, creio que a qualidade dos ovos faz toda a diferença. Manjar dos deuses do Olimpo! 



O maridex pediu, além do Pastel de Natas, um mil-folhas. Este não estava bom, nem a massa e nem o creme, com textura de mingau, nada cremoso.  



Para o nosso gosto, achamos o mil-folhas seco e sem graça. 



A casa tem um movimento de pessoas bem dinâmico. E as filas para pedir os doces ou salgados são resolvidas com rapidez. Gostei do atendimento. 

Saímos e caminhamos pela Rua Antônio Prado, com a visão de parte do Mosteiro de São Bento.  




Ver uma fachada artística assim me deixa chateada. Nestes instantes eu não gosto de ser brasileira! 



Vista a partir do Mosteiro de São Bento. 


Chegando na Estação Júlio Prestes, para pegar o trem. Anos, anos e anos que eu não andava de trem em São Paulo.  



A pontinha branca no céu é a lua querendo aparecer. 







Dentro do trem, tudo estava limpo. As pessoas aguardavam o trem partir. Até ar condicionado havia. Seguimos viagem com muita tranquilidade. 






10 comentários:

  1. UAU! Que belo passeio e que tantas coisas lindas e deliciosas mostraste! A formiga aqui adorou! bjs, loindo dia! chica

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  2. Oi, Maria Glória!
    A minha mãe frequentou o Mappin desde que nasceu e olha que vai tempo, pois ela nasceu em 1925 e a minha avó já fazia compras por lá e contava de um grande incêndio que aconteceu na "Casa Mappin" onde ela fez uma grande compra logo depois, por causa de uma liquidação dos "sinistros".
    Fiquei tentada com essa loja de doces e principalmente por ser tradicional, acrescida das suas descrições e fotos... Não tive sorte da última vez que fui à São Paulo. Era feriado local e estava tudo fechado. Queria rever alguns lugares, mas não foi possível.
    Anotado esse lugar para conhecer em uma próxima visita...
    Beijus,

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    1. Um passeio gostoso Luma, com histórias! Assim é o centro de Sampa s2.
      Bjux.

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  3. Boa tarde, excelente fotorreportagem com lindas fotos, fez me recordar as varias vezes que visitei S. Paulo, conheci o Mappin, fiz lá várias compras, gostei de ver os doces portugueses incluído o famoso Pastel de Nata que entre todos é o que menos faz engordar, infelizmente existe por todo o lado quem não tenha a consciência e a educação para evitar de pintar paredes principalmente a dos monumentos.
    Já visitei vários países e cidades, o metro de S. Paulo foi o mais asseado que encontrei, apesar da muita frequência do mesmo os dois pisos que tem (salvo o erro) não se encontra um pequeno papel no chão, é uma lição de civismo que os brasileiro dão.
    AG

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    1. É verdade AG, o metrô de São Paulo é mesmo muito limpo.
      E a linha amarela do metrô de São Paulo, me fez lembrar o trem que usei no Aeroporto Barajas em Madrid. Linda e limpíssima!
      Um abraço!

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  4. Maria da Gloria, vim retribuir tua visita e me encantei com o teu blog, que não conhecia. O tempo é muito pouco para o muito que a internet nos oferece, mas vou me esforçar para vir aqui mais seguido.
    Adoro os doces portugueses!
    Bjim

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  5. Adorei ouvir você contando sobre este passeio minha querida Maria Glória♡
    Comprei no Mappin, várias vezes com a minha mãe. Tenho lembrança do incêndio.
    Agora de trem nunca andei aqui em São Paulo. Quem andou muito porque era quase seu vizinho foi o meu filho Marcelo.
    Agora vou continuar lendo tudo o que não vi ainda !
    Beijo grande . Seu blogue está maravilhoso !!!!!

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    1. Eu estou descobrindo as facilidades do trem e do metrô, com as conexões.
      Além de limpo, tem um belo ar condicionado rsrsrs.
      Gostando muito, beijo amore s2

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